quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Penso, logo desejo.


Penso no mundo. Penso no que será feito dele, no que já foi e não temos registro. Apenas supomos tudo. Tudo é teoria. Imaginamos o futuro, mas o passado também é imaginado. Aquilo que aprendemos como história é só um pedaço da verdade. A verdade..., será ela um dia alcançada? Por que pensar num dia, como se fosse futuro? E se nós simplesmente já tivermos alcançado ela e nossa vida não é mais que uma recordação linear, um super flashback. Chaplin disse que não devemos nos preocupar com o sentido da vida, mas devemos entender que a vida se baseia no desejo. Como ele falou, uma rosa vive pelo desejo de ser daquela cor e de abrir daquele jeito... vivemos pelos nossos desejos particulares, mas principalmente há o desejo comum da humanidade, evoluir.

Penso nas pessoas. Penso no que elas pensam. Não o que pensam de mim, isso pouco importa, mas não vivo sem pensar nisso. O professor Marcelo Quadros, dos meus tempos de colégio em Canoas, ensina que nossa identidade é formada pelo que pensamos de nós mesmos, o que os outros pensam de nós e o que pensamos que os outros pensam de nós. Mas penso na infinidade de pensamentos que ocorrem ao mesmo tempo e, matematicamente, na quantidade de pessoas que pensam, o mesmo que eu, ao mesmo tempo. ...como se o tempo importasse...

Penso, penso, penso... mesmo assim não consigo pensar. Eu sei o que desejo, mas ainda quero o sentido da vida. Todos os verbos parecem tolos: dormir, acordar, trabalhar, rezar, estudar, beber, comer, defecar, etc. Todos tão necessários quanto uma garrafa de plástico. Mas quando eu exercito o AMAR, sinto que meu desejo se aproxima do que parece ser o sentido da vida.

Definirei diferente agora: Desejo, logo existo!

João Colombo


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